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Grito

 

Ei você!

Não está escutandoo?

Eu estou gritando,

não consegue ver?

 

Meus pensamentos

esstão embolados

meu rosto manchado

meus lábios selados

 

Você não vê?

Não lê?

Disse que podia ver em meu rosto,

ler no meu olho,

me decifrar numa silaba só!

 

Você disse, porque não faz?

Porque não fez?

Está tudo no meu rosto.

Calado.

Vendedora de Sonhos

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Silêncio, por favor!

Vozes dentro da minha cabeça.

Eu penso muito. Tanto que tem dias que não consigo dormir porque desligar é impossível. Tudo o que acontece em volta de mim eu absorvo igual uma esponja e fica cozinhando dentro de mim.

Ficar em silencio não resolve porque dentro da minha cabeça tem uma banda de Rock 24horas por dia que não me deixa pensar, não me deixa agir, a noite me amedronta e o dia passa rápido de mais.

Se eu não codifico à ponto daquilo se tornar plausível, fico tão ansiosa que não consigo pensar em outra coisa, é horrível! Cadê meu botão de desligar?

Às vezes me sinto uma panela de pressão que está prestes a explodir, meus dedos ficam em carne viva e respirar fica difícil, é como se eu tivesse um bolo na minha garganta.

Eu gostaria de colocar tudo pra fora, e deixar em algum lugar que eu não precisasse lidar, ou dar um destino a tudo que me falam. Não entender, é igual me aprisionar no lugar, fazer uma estátua de mim mesma, drenar todas as minhas energias.

Eu fico totalmente exausta e amedrontada, completamente imprestável pra executar o básico (comer, dormir, tomar banho). Eu até consigo enxergar as conseqüências a longo prazo, e ver tudo o que eu posso perder, todas as pessoas que precisam que eu me mecha, mas eu não dá.

A medicação não ajuda, parece que não faz efeito, é desanimador porque se tivesse uma fórmula mágica que me tirasse dessa letargia absurda, eu usaria. Algo que fosse seguro, algo que fosse real. Mas não é real, é paliativo.

Tem vezes que eu acho que só uma pessoa pode me ajudar mas ai, piora tudo na mesma velocidade. Eu achei que as coisas iam ser mais fáceis e que fosse tudo tão superficial, mas quanto mais eu mergulho, mais fundo e maluco fica.

Eu achei que era uma pessoa normal, com alguns problemas de integração social, solitária, mas sinto que estou enlouquecendo aos poucos.

No final de tudo, eu só quero dormir, esquecer e sobreviver a outro dia.

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Agora sim!

Será que dessa vez eu vou parar de virar noite fazendo imagem pra blog? Juro, é uma coisa muito díficil! Não ficou a sétima maravilha do photoshopp, mas tá bonito.

Não era o que eu queria, e eu desconfio, que isso, eu ainda não consigo fazer, mas já deu pra começar.

Ainda falta, muita coisa que eu vou colocar depois de ter dormido uma noite inteira. Não aguento mais ver html e falta o menu.

Enfim, esse vai ser o final de semana oficial do blog, por vários motivos. Agente se vê quando eu acordar.

Fui.

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Meu fascínio pela Dorothy Gale

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Acho que todo mundo já assistiu o filme O mágico de Oz ou já ouviu falar da sua história. Essa semana, eu estou falando de quinta passada até essa quinta, foram dias estressantes, e emocionalmente falando, surpreendentes.

Eu já quis fechar a janela pra não ouvir mas o canto do meu Passarinho preferido, mas toda a vez que eu ouço a música, eu penso: “acho que vou escutar só mais um pouquinho”, e a janela fica aberta.

Mas não é sobre pássaros que eu vim falar, apesar de ter tido uma aula incrível sobre papagaios, ontem.

Eu parei de tomar o remédio e voltei (Dra. Persa vai me matar), tive meus momentos de auto-punição e agora, eu estou com alguns medos que encheriam um outro post, então, deixa pra depois.

O recheio desse biscoito, foi a manha de  quarta, quando eu acordei, e a roda gigante parou de girar. Calma, eu explico. Se agente voltar pro filme, a ultima cena é a Dorothy batendo os sapatinhos, pedindo pra voltar pra casa, e acordando no Kansas, junto da Tia Eme e Oz não tinha passado de um sonho. Será?

Vamos viajar um pouco, será que se fosse uma história que tivesse acontecido comigo, ou com você, assim que você acordasse desse sonho, voltaria a ser a mesma pessoa? Depois de ter conhecido pessoas maravilhosas, amigos que querem se superar e mesmo se sentindo inferior intelectualmente, se achando incapaz de amar, e o outro não acreditando em si mesmo, eles dão o mínimo que tem pra ajudá-la a completar a missão de voltar pra casa, porque eles vão continuar lá. De qualquer forma, eles vão perder.

Eu não voltaria a mesma pessoa. Não sei como estaria, saudosa, talvez. Querendo desesperadamente voltar para aquela terra encanta, quem sabe? Ou então, deprimida por estar novamente só eu e Totó? Eu não estaria a mesma.

Eu não sei o que aconteceu com a Dorothy depois que os créditos subiram, o que aconteceu antes, foi que ela acordou em casa, se fosse eu, estaria completamente mudada por dentro, mas ela era só um personagem que morreu quando o filme acabou. Mas quarta feira passada, de manha, eu me senti acordando exatamente igual a ela no final do filme.

Eu sentei na minha cama, olhei no calendário, e  faltavam 15 dias pra completar 2 anos que eu moro no Rio. E nesses 2 anos é como se eu tivesse saído de Brasília com a minha vida num ponto x,vivi um monte de coisas, descobri coisas, sofri, chorei, aprendi a andar de ônibus no Rio, tentei  avançar, descobrir o que eu quero ser, o que eu quero  fazer, onde eu quero chegar, e quando eu levantei a cabeça e vi aquele monte de apostilas, eu me vi na mesma situação em que eu sai de Brasília. Cadê a droga do Y?

Se eu ainda estou no ponto x? Talvez tenha voltado pra ele, mas isso não quer dizer que eu sou a mesma pessoa que eu era há 2 anos, eu tive a minha viagem pelo Oz. Mas essa semana eu acordei, e essa nova “Dorothy” é boa de mais pra um Kansas tão cinza, que era a minha vida.

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Defendendo o meu direito de ser depravada!

Eu tenho um péssimo hábito de querer ser celebridade. Lógico que eu vou ser uma um dia, vou ter muita gente me curtindo no FB, milhares de followers no twitter, e responder muitas perguntas no formspring e lógico, muitos views no youtube. E vou ser best-seller.  Mas isso já não estava subentendido? 

E eu escrevo muito. Eu não falo muito, mas eu escrevo muito, e o FB virou meu mini-blog, melhor do que o twitter, porque lá ninguém me seguia e eu não tinha audiência. Então eu fiquei literalmente me sentindo a pop, quando o povo começou a curtir, o que eu dizia. As foto, as músicas que eu colocava, enfim. Mas eu continuo escrevendo muito, e por ingenuidade, o mini-blog virou mini-diário, e uma briga foi parar lá. 

Fui criticada em casa, Papis falou que eu estava “depravando” a minha vida. Me senti a loira da Devassa e olha que eu sou morena, e não bebo.

Uma coisa que vai ficar só entre nós aqui, eu e o mundo, eu vou ser depravada pra sempre! Se em cada livro, em cada dança, em cada post eu coloco um pouquinho da minha alma, eu falo o que me vem na veneta e sim, eu exponho a minha vida, e eu faço DR comigo mesma pelas minhas histórias e pelos meus postes pessoais, e isso é depravação? Então meu pai vai ter um enfarte quando me ver no youtube. XP

Estou me contendo no FB, mas aqui, aqui não. Não estou queimando a minha mufa e fazendo esse Lay pra ficar calada! Se não gosta, simples, fecha a página.

Uma semana pra colocar em prática uma promessa que eu fiz  pra Clárissa. Surpresas virão. Agora só falta o Head.
Beijos